No dia 11 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Cerrado. O bioma abriga pelo menos 10 mil tipos diferentes de plantas.
Por Aldem Bourscheit
Os mais de 50 mil focos de incêndio registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre janeiro e agosto tornaram o Brasil líder mundial em queimadas e distribuíram prejuízos ambientais e econômicos. O Cerrado foi especialmente afetado, afinal, 22 mil focos (44% do total) no período ocorreram apenas no Mato Grosso, Tocantins e Goiás – três dos oito estados alcançados pelo bioma. Conforme o Inpe, a quase totalidade dos incêndios se deve à limpeza de pastos, preparação da terra para cultivos, desmatamentos, colheita manual de cana e vandalismo. Esses dados oficiais agravam a situação do segundo maior bioma brasileiro, que já perdeu metade da vegetação original e vê seus remanescentes sofrerem com alto grau de fragmentação, ou seja, as parcelas de florestas, campos e outras formações naturais que sobrevivem estão cada vez menores e mais isoladas entre si.Isso prejudica a conservação de animais e de plantas com importância ecológica e econômica e até a saúde de nascentes, rios e córregos fundamentais para o abastecimento público de água, geração de energia e manutenção do agronegócio.Ainda visto como vegetação de pouco valor que pode ser eliminada para dar espaço ao desenvolvimento, o Cerrado é uma das 35 regiões prioritárias para a conservação da Rede WWF. Afinal, estima-se que ele abrigue dez mil espécies de plantas diferentes (muitas usadas na produção de cortiça, fibras, óleos, artesanato, além do uso medicinal e alimentício), 759 espécies de aves, 180 espécies de répteis, 195 de mamíferos – incluindo 30 tipos de morcegos. E o número de insetos é surpreendente. Só no Distrito Federal há 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500 tipos de abelhas e vespas.
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